O problema é que as dívidas subiram ainda mais, e o Bahia corre por fora como uma das exceções entre os grandes clubes, precisando vender seu maior e melhor jogador para equilibrar as finanças e reinvestir no futebol.
Em estudo divulgado pela empresa de consultoria BDO, os clubes geraram R$ 457 milhões extra de receitas em 2011 em relação a 2010. No mesmo período, o endividamento ficou R$ 628,4 milhões maior. “Esse nível de endividamento assusta. Você vê que os clubes estão fazendo mais dinheiro e acha que as finanças estão ficando equilibradas. Mas quando olha para os valores de endividamento, não é isso que está acontecendo”, analisa Amir Somoggi.
Desde 2007, os clubes nacionais estão se livrando da obrigação de transferir jogadores para o exterior a cada temporada. Segundo levantamento feito pela consultoria BDO, há cinco anos 37% do faturamento do futebol nacional vinha da venda de atletas.
Era, de longe, a principal fonte de dinheiro dos clubes. Hoje, essa realidade é diferente: transferências representaram, em 2011, apenas 15% das receitas, número inferior, por exemplo, ao arrecadado com cotas de TV (36%) e acordos de patrocínio (18%).
“É uma tendência que estamos verificando. A crise econômica na Europa é um fator importante para isso. E outro ponto importante é que os clubes estão fazendo um esforço muito maior para segurar os jogadores no país, algo que não acontecia há alguns anos”, explica Amir Somoggi, diretor da área de consultoria esportiva da BDO, que analisa a saúde financeira dos clubes brasileiros há oito anos.
Na Bahia, o que se especula nos bastidores do tricolor é que o meia-atacante Gabriel, apontado como o melhor jogador do Campeonato Baiano deste ano, estaria de malas prontas para deixar o Fazendão.
O clube precisa “fazer dinheiro”, superar o “rombo financeiro” de um Estadual deficitário, e a velha opção de vender um jogador por ano ainda é a melhor e única saída para um clube que faz campanha para ter inicialmente 5.000 sócios, contra um Internacional que tem 106 mil e arrecadou no ano passado R$ 41 milhões só de contribuição social.
Fonte Tribuna da Bahia
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