Na condição de 3º artilheiro do Bahia na disputa do Campeonato Baiano, com seis gols, atrás de Souza e Júnior, o zagueiro Rafael Donato reescreveu sua história no time tricolor, com o gol de domingo passado, contra o Vitória da Conquista, que manteve vivo o sonho do título do Estadual deste ano.Emprestado pelo Audax, do Rio de Janeiro, até o final do mês de maio, o jogador abafou as críticas e os críticos, e ganhou o apoio da torcida para renovar seu contrato até o final do ano.
Do alto dos seus 1,93m de altura, Rafael Donato bem que poderia fazer carreira como artilheiro, e olha que ele bem tentou. “Quando eu tinha oito anos, sonhava em ser atacante e me inspirava em Ronaldo Fenômeno.
Até que consegui um teste no Flamengo, onde fui ser zagueiro pela minha altura. Donato também fez parte da divisão de base do Botafogo, onde ficou de 2002 até 2007. No ano seguinte, teve uma rápida passagem pelo Palmeiras, e, em 2008, foi contratado pelo Audax Rio, antigo Sendas, com contrato até 2013.
Donato foi o vice-artilheiro do Audax, equipe da 2ª Divisão do Campeonato Carioca, com 12 gols. “Já tinha acontecido de eu decidir jogos no Audax. Uma vez ganhamos por 2x1 de virada, com dois gols meus de cabeça. Mas não teve essa repercussão”.
Com a cabeça voltada para a final do Baiano, prefere não falar em renovação.“Essa questão de contrato eu não resolvo. Só estou preocupado em ser campeão baiano. Isso meu procurador vai resolver”. Mas o gestor de Futebol do Bahia, Paulo Angioni, afirma que já está tudo certo para o zagueiro ficar no Fazendão até o final do da Série A do Campeonato Brasileiro, em dezembro.
Introvertido, tímido, um “homem voltado para sua família”, como se autodefine, Rafael Donato teve dificuldades para driblar o assédio da imprensa e da torcida, dentro da sua casa, no condomínio em Praia do Flamengo, onde mora com a mulher, Samantha, e os dois filhos, Lucas, de 11 anos, e João Pedro, de dois.
A “folga” só veio ontem, no CT do Fazendão, onde mais uma vez foi tratado como o grande herói por funcionários do tricolor e companheiros de clube que ainda vibram com o gol da classificação contra o Vitória da Conquista, aos 44min do 2º tempo, no Estádio do Parque de Pituaçu.
“Foi o gol mais importante da minha carreira”, disse o zagueiro à imprensa. “Aquilo foi uma loucura, vi muitos torcedores chorando na arquibancada.
Nós não estávamos sozinhos. Isso faz um time vencedor. Estou muito feliz”, vibrou o herói do Bahia.
Fonte Tribuna da Bahia
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